segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Jovem com paralisia cerebral vive sonho de estudar administração

Jovem com paralisia cerebral vive sonho de estudar administração

Jaqueline, 23 anos, passou em 4º lugar no curso técnico em Votorantim. Jovem conta com o pai, 71 anos, que a leva à escola na cadeira de rodas.



Assim que a aula começa, eles esquecem toda a dificuldade que enfrentaram pelo caminho para ver o sonho da filha virar realidade. Cadeirante, e com paralisia cerebral, Jaqueline Pecelin tem 23 anos e sempre teve vontade de estudar.
Ela passou em quarto lugar no curso técnico de administração da Etec, localizada no bairro Votocel, mas a falta de acessibilidade na cidade de Votorantim(SP) é um constante desafio para ela conseguir chegar até o local. Eles não têm carro e precisam do transporte público para se locomover.
Quando o ônibus é adaptado, a viagem fica menos difícil, mas nem sempre é assim. No trajeto, não faltam calçadas esburacadas e ônibus lotados que, frequentemente, não param para que ela possa entrar. E é nesses momentos em que a ajuda do pai, o aposentado Félix Pecelin, de 71 anos, é essencial. Ele não deixa a idade pesar mais que a cadeira e usa a força para controlar a cadeira primeiro para descer a rua e, depois, para subir a rampa que dá acesso ao prédio.
"Para fazer alguma coisa para a minha filha, eu tenho que lutar. Desde quando ela entrou na escola, nós estamos nesta vida, empurrando a cadeira", conta Félix. E a mãe, Rosa Pecelin, de 59, também ajuda. "Eu faço tudo o que eu puder por ela, é o meu maior orgulho", ressalta Rosa.
Jaqueline conta que poder estudar administração é um sonho. "Eu adoro fazer a minha rotina, porque há muitos anos eu já tinha esse sonho. Eu sempre falava: um dia eu vou estudar na Etec, e hoje estou aqui", comemora Jaqueline.
Se para a Jaqueline participar do curso é um desejo que está sendo realizado, para os colegas e professores, está é uma lição de vida, como conta a professora de cálculos financeiros Mairá Duarte. "Ela é muito esforçada, dificilmente ela falta nas aulas porque ela quer acompanhar, e se esforçou bastante para entrar no nosso curso técnico. Ela faz com que a gente tenha mais orgulho da nossa profissão", destaca a professora.
“A Jaqueline me inspira pela força de vontade de vencer na vida, de derrubar todas as barreiras e obstáculos e de nunca parar de sonhar. Ela sempre se dedica ao máximo”, conta Erivelton Rodrigues, amigo da Jaqueline desde os 9 anos de idade.
Para o colega de sala Victor Xavier, estudar com a Jaqueline é um incetivo. "Às vezes, a gente fica com preguiça de vir no curso, e ela com toda a dificuldade vem, é uma motivação", aponta.
E a Jaqueline sonha em voar ainda mais alto. "Eu escolhi administração porque pretendo trabalhar nessa área, e  ainda quero fazer secretariado", diz a garota.
A família já entrou em contato com a Secretaria de Educação da Prefeitura de Votorantim para solicitar o transporte especial de estudantes oferecido pela cidade, mas ainda não conseguiu uma vaga porque a lista de espera, de acordo com a secretaria, é grande, e ainda não chegou a vez dela. Em nota, a prefeitura afirmou que vai ampliar o serviço, mas não informou o prazo.

G1 Sorocaba e Jundiaí

5 passos essenciais para fazer mais em menos tempo

5 passos essenciais para fazer mais em menos tempo

Ganhar produtividade é um dos grandes desafios do mundo corporativo. Confira 5 dicas fundamentais para melhorar o desempenho e não ficar até tarde no trabalho



São Paulo – Fazer mais tarefas em menos tempo e acabar de uma vez por todas com o hábito de estender o expediente até altas horas. De acordo com a equipe da Sociedade Brasileira de Coaching (SBCoaching), este é um dos principais desafios do mundo corporativo.
 “A produtividade aumenta quando o profissional consegue administrar melhor o seu tempo e, muitas vezes, ele nem tem noção do que o atrapalha”, diz Flora Victoria, vice- presidente da SBCoaching.
Para ela, o autoconhecimento é essencial para reverter o quadro de baixa produtividade. Confira 5 dicas essenciais para que o seu segundo semestre seja bem mais produtivo do que o primeiro:
1 Tenha objetivos claros de carreira
Sim, a falta de metas de carreira pode estar contribuindo para a sua baixa produtividade. “Ideal é ter metas definidas no curto, médio e longo prazo, ou seja, para 3, 5 e 10 anos”, recomenda Flora. Depois disso, verifique as suas metas de trabalho, aquelas mais ligadas à rotina no escritório.
Com objetivos definidos, você terá como avaliar se as atividades que você está desempenhando estão relacionadas às suas metas de carreira ou de trabalho ou a nenhuma das duas. “Muitas vezes a pessoa perde tempo com tarefas que não tem relação nem com o trabalho nem com a carreira dela”, lembra Flora.
2 Defina prioridades
Para Flora, não adianta falar de prioridades se a pessoa não tem objetivos. A priorização das atividades e tarefas está intimamente ligada às suas metas definidas.Analise quais atividades vão acelerar o cumprimento dos objetivos. São elas que devem ser colocadas na frente das outras.
Exemplo: você precisa fazer ligações de trabalho para marcar reuniões na próxima semana, responder emails para os clientes e tem também um questionário do RH sobre satisfação para finalizar. “Seria um erro, o profissional começar fazendo o relatório do RH, colocando-o na frente das outras atividades”, diz Flora.
Saber separar o que é urgente do que é importante e do que não é nem urgente nem importante é fundamental na hora de elaborar a lista de prioridades.

Ganhar produtividade é um dos grandes desafios do mundo corporativo. Confira 5 dicas fundamentais para melhorar o desempenho e não ficar até tarde no trabalho

3 Quais são as “metas meio”?
O objetivo final de um profissional técnico poder ser a promoção para gerente. Mas para isso, ele precisa definir as suas “metas meio”, isto é, o caminho que ele deve percorrer para chegar ao destino.“Às vezes, a pessoa fica tão focada no objetivo final que esquece que de estabelecer o passo a passo para chegar lá”, diz Flora.
Quais estratégias existem para conquistar maior produtividade em direção aos seus objetivos? O que as pessoas altamente produtivas fazem? O que irá funcionar melhor para você? Comece respondendo a estas perguntas para estabelecer as suas “metas meio”. Lembre-se de que há uma forte ligação entre elas e seus objetivos finais.
4 Mude
“Agora é iniciar o processo de mudança”, diz Flora. Mas como é possível criar uma agenda de mudança? “Há duas formas: ou por um evento intenso que force a mudança ou por meio de repetição e perseverança”, diz Flora.
Por exemplo, um profissional improdutivo pode mudar esse comportamento ao perder o emprego. A demissão seria o evento de intensidade capaz de provocar uma reflexão e levá-lo à mudança de comportamento.
Mas, é também possível mudar sem ter que aguardar que algo de gravidade ocorra. Perseverança é o ponto central, diz Flora. “Para a mudança ocorrer é necessário empenho e muita repetição. Caso o profissional não consiga sozinho deve procurar alguém que o apoie e o lembre de que ele precisa mudar”, explica. 
5 Foco na solução
Surgiu um problema, um imprevisto? Mantenha o foco na solução e não no problema. “Muitas pessoas dizem que não conseguem mudar, e isso mostra que ela está mais focada no problema do que na solução dele”, diz Flora. 
O que é possível fazer para melhorar a sua produtividade? “Tivemos um caso de uma profissional que teve ganho de produção de 20% ao estabelecer 3 horários durante o dia para checar redes sociais, sem deixa-las ligadas durante todo o expediente”, diz Flora. 
Por isso, pense na solução para melhorar o seu desempenho e aumentar a sua produtividade, em vez de prestar atenção apenas no problema.
Camila Pati

Os sinais de que você está ocupado demais para ser excelente

Os sinais de que você está ocupado demais para ser excelente

 


A agenda de trabalho está lotada e, mesmo assim, você sente que não avança na carreira? Veja quais os indícios que você está ocupando seu tempo indevidamente

São Paulo – As horas dedicadas ao trabalho nunca foram tão extensas. A lista de tarefas, idem. Mas, mesmo assim, você sente que há muito tempo está estancado no mesmo lugar. Pior: em um ponto aquém do seu potencial.
 administração do tempo e sobrecarga de trabalho podem ser algumas das explicações para isso – mas não as únicas. 
Independente dos motivos, ter uma agenda repleta de afazeres não significa ascensão profissional na certa. Ao contrário. Confira os sinais de que você está apostando seu tempo nas fichas erradas e está longe de ser um profissional brilhante. 
1 Você não tem tempo para se atualizar
Qual foi a última vez que você participou de um treinamento oferecido pela empresa? E de um cursode curta ou longa duração? Ou está tão afundado nas tarefas cotidianas que não tem espaço na agenda para olhar para o que acontece para além da sua baia?
“Os novos modelos de crescimento passam pela constante atualização profissional”, afirma Tânia Casado, coordenadora do Programa de Vida e Carreira da Fundação Instituto de Administração (FIA) e professora da Universidade de São Paulo (USP). “Quem não aloca tempo para isso, está fadado a ficar estagnado”. 
2 Tudo é prioridade para você 
A chave para fazer uma boa administração do tempo é aprender a definir quais tarefas são prioritárias, urgentes e importantes. No entanto, para a maior parte dos profissionais esta missão não é tão simples assim. 
Atire a primeira pedra quem nunca se rendeu à tentação de encarar como urgente toda tarefa que lhe vem à mão. O problema deste hábito, afirmam os especialistas, é que você deixa pelo caminho uma série de tarefas sem conclusão. Pior: não faz com maestria aquilo que, de fato, requer mais atenção. 
“Muitas empresas tem foco no curto prazo. O profissional vive apagando incêndios e não pensa no futuro”, diz Fernando Serra, da HSM Educação. 
3 Você se atém muito aos detalhes – quando isso não é essencial 
Quanto mais elevado seu posto na hierarquia, menor a responsabilidade em se ater aos detalhes, explica Gilberto Guimarães, professor do Institute of Performance and Leadership (IPL).
“O líder só entra no processo quando os detalhes já estão ‘mastigados’ e ele tem que tomar a decisão”, afirma. Quem não segue este fato, perde tempo com o que não precisa.
4 Você nunca está disponível
“As pessoas sempre estão esperando você para falar”, descreve Guimarães. O problema da fila de e-mails, mensagens de voz ou até pessoas na sua porta é que isso pode representar menos eficiência para seu trabalho e para o da equipe como um todo. Afinal, as pessoas precisam sempre esperar por você para concluir a tarefa delas. 
Como sair do ciclo
De acordo com os especialistas ouvidos por EXAME.com, o primeiro passo para se livrar da sina de nadar, nadar e nunca chegar à praia, ou em outras palavras, trabalhar muito e não fazer nada que contribua para seu crescimento na carreira é fazer um mergulho para dentro de si e ver onde estão os principais erros.
Provavelmente, uma das primeiras conclusões será a necessidade de fazer uma melhor administração do tempo. Definir prioridades e delegar tarefas são conceitos chave neste processo. Em alguns casos, vale também negociar uma carga de trabalho menor com seu chefe. 
Mas isso não é tudo. É essencial também educar a si mesmo. E isso passa por querer enxergar para além da sua agenda e baia. Ter uma visão ampla dos negócios da empresa e do mercado em que ela está inserida é, segundo os especialistas, essencial para o crescimento na carreira. 
Por isso, Tania sugere que o profissional faça uma análise de quais aspectos precisa desenvolver e parta para um plano de ação sobre como sanar estes estas deficiências. Voltar para a sala de aula deve estar em questão. 
Talita Abrantes


Em que estilo de comprometimento você se enquadra?

Em que estilo de comprometimento você se enquadra?

Essa semana falarei sobre o COMPROMETIMENTO das pessoas, tanto na vida pessoal ou profissional. É importante saber que comprometimento é o nosso reflexo, é fazer mais do que as pessoas esperam de você, sem esperar nada em troca, será sobre isso o artigo de hoje.



Normalmente nas organizações é comum encontrar pessoas que insistem em levar o pensamento “tô nem aí” para o trabalho. “Tô nem aí com a qualidade do serviço prestado”, “tô nem aí com o uniforme da empresa”, “tô nem aí com a organização de meu espaço de trabalho”, “tô nem aí para a satisfação do cliente” e etc. Isso revela a falta de comprometimento e a ausência do senso de responsabilidade naquilo que fazem. Mas é importante destacar que existem alguns tipos de estilo de comprometimento, nem todos são assim, destaco três estilos:

Indiferente – esse estilo é do jeito que deixam acontecer, que levam a vida conforme o vento sopra, ou seja não decidem nada por si mesmo, sem iniciativa e que não se comprometem com nada, ou pior, sempre fogem de algum compromisso, ainda mais se não conhece sobre do que se trata. Preferem ficar fazendo a mesma coisa sempre, na sua zona de conforto, normalmente nas empresas são os 10% dos funcionários.

Envolvido - é aquele tipo que faz o básico, de forma correta, mas nada demais do que o precisa fazer. Contempla em torno de 70% das pessoas nas organizações e se limitam por si só, o limite quem nos dá somos nós mesmos, se não fizermos nada de diferente o resultado será o mesmo. Se conformam em fazer somente o que lhes é solicitado.

Comprometido – é o tipo de pessoa que faz o seu melhor, em torno de 20% dos funcionários, sempre procura fazer mais do que as pessoas esperam, se desafiam, surpreendem sempre. Ser comprometido é fazer o melhor quando ninguém está olhando, é sair da zona de conforto e ir para zona de expansão, desafiar-se a cada dia, buscando sempre o melhor, é importante identificar esses estilo nas empresas para desenvolver e reter.

Precisamos pensar primeiramente no comprometimento conosco, você já parou para pensar no que você se comprometeu no ultimo ano a fazer e realmente foi feito? Ou será que só ficou no papel? Quais são os teus projetos de vida? A que motivo você está nesse mundo, para ser mais um ou para fazer a diferença. A vida é um eco, pense no que você está recebendo por que   é o reflexo do que deve estar emitindo. Por esse exemplo podemos analisar o comprometimento, mas como saber se estamos no caminho certo, uma pessoa comprometida sempre é uma referência no que faz, para si e para os outros, sendo exemplo e sem esperar nada em troca, fazendo o seu melhor mesmo que pareça que não vale a pena.

Abraço e até a próxima,

Leonardo Siqueira




Administração de empresas

Administração de empresas


Responsável por garantir o bom funcionamento das organizações, o administrador de empresas pode atuar em áreas distintas como finanças, recursos humanos, logística, qualidade de processos e gestão de produção. O curso forma profissionais aptos a identificar os principais enfoques necessários para a gestão das organizações. O objetivo é oferecer ao formando o conhecimento dos principais métodos e instrumentos que possibilitem os melhores resultados na gestão financeira, de mercado, de pessoas e clientes, entre outros. O currículo inclui uma formação básica, envolvendo disciplinas de direito, sociologia, contabilidade, matemática, estatística, economia e ciência política.
Mercado - Os administradores podem trabalhar como técnicos de funções administrativas ou como gerentes e executivos em empresas, instituições privadas sem fins lucrativos e instituições governamentais. Se tiverem perfil empreendedor, podem gerir seus próprios negócios ou atuar como consultores especializados em assuntos relacionados à administração organizacional. O salário médio inicial é de R$ 1.500. O coordenador do curso de administração da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Aureliano Angel Bressan, lembra que a área de recursos humanos possui uma demanda crescente pelo profissional de treinamento e desenvolvimento de pessoal.

É pra você? - O administrador de empresas deve ser flexível, dinâmico e ter a capacidade de tomar decisões de maneira rápida, acompanhando a velocidade do mercado. Interesse pela área administrativa e capacidade de lidar com pessoas são características que podem levar ao sucesso na profissão.

O que vem por aí - Além da logística, que é uma área em expansão, existem algumas nichos de atuação em desenvolvimento, como administração hospitalar e mercado de capitais.

Diferencial - "Logo no início do curso, é indicado procurar um estágio na área que pretende seguir, buscando assim, desde cedo, familiaridade com a cultura empresarial necessária à identidade de administrador", aconselha o administrador Augusto Dias, supervisor de logística de uma multinacional. Além do bom desempenho em sala de aula, é recomendado participar de atividades de pesquisa (iniciação científica), empresas juniores e atividades de ensino e extensão (monitorias, intercâmbios no Brasil e no Exterior e participação em eventos).

Redação Terra


domingo, 29 de setembro de 2013

As leis sobre diversidade

As leis sobre diversidade



Nem sempre quem tem deficiência está matriculado na escola regular. Para reverter esse quadro, é fundamental que pais e educadores conheçam a legislação

"Desculpe, não estamos preparados." Pais de crianças com deficiência precisam saber: argumento como esse não pode impedir o filho de estudar. Professores e gestores devem lembrar: não há respaldo legal para recusar a matrícula de quem quer que seja.As leis que garantem a inclusão já existem há tempo suficiente (leia abaixo) para que as escolas tenham capacitado professores e adaptado a estrutura física e a proposta pedagógica. "Não aceitar alunos com deficiência é crime", alerta Eugênia Augusta Gonzaga Fávero, procuradora da República em São Paulo. A legislação brasileira garante indistintamente a todos o direito à escola, em qualquer nível de ensino, e prevê, além disso, o atendimento especializado a crianças com necessidades educacionais especiais. Esse atendimento deve ser oferecido preferencialmente no ensino regular e tem nome de Educação Especial. A denominação é confundida com escolarização especial. Esta ocorre quando a criança freqüenta apenas classe ou escola que recebe só quem tem deficiência e lá aprende os conteúdos escolares. Isso é ilegal. Ela deve ser matriculada em escola comum, convivendo com quem não tem deficiência e, caso seja necessário, tem o direito de ser atendida no contraturno em uma dessas classes ou instituições, cujo papel é buscar recursos, terapias e materiais para ajudar o estudante a ir bem na escola comum. Esse acompanhamento - a Educação Especial - nada mais é que um complemento do ensino regular.

Alguns estados, porém, estão reconhecendo essas escolas como de Ensino Fundamental Especial, o que não é previsto em lei, para facilitar o repasse de verbas do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef), contrariando a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). A situação pode mudar com a regulamentação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). Segundo Cláudia Dutra, secretária de Educação Especial do Ministério da Educação, há negociações para aumentar o porcentual diferenciado para o aluno com necessidades educacionais especiais. Os recursos devem financiar a escolarização da criança no ensino regular e o atendimento especializado em turno distinto. "Se a rede não oferecer esse serviço, o repasse poderá ser feito para instituições sem fins lucrativos, desde que elas estabeleçam convênios com as Secretarias de Educação e cumpram exclusivamente o papel de apoiar a escolarização, e não de substituí-la", conclui Cláudia.



Várias leis e documentos internacionais estabeleceram os Direitos das pessoas com deficiência no nosso país. Confira alguns deles

1988
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA
Prevê o pleno desenvolvimento dos cidadãos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação; garante o direito à escola para todos; e coloca como princípio para a Educação o "acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um".

1989
LEI Nº 7.853/89
Define como crime recusar, suspender, adiar, cancelar ou extinguir a matrícula de um estudante por causa de sua deficiência, em qualquer curso ou nível de ensino, seja ele público ou privado. A pena para o infrator pode variar de um a quatro anos de prisão, mais multa.

1990
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE (ECA)
Garante o direito à igualdade de condições para o acesso e a permanência na escola, sendo o Ensino Fundamental obrigatório e gratuito (também aos que não tiveram acesso na idade própria); o respeito dos educadores; e atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular.

1994
DECLARAÇÃO DE SALAMANCA
O texto, que não tem efeito de lei, diz que também devem receber atendimento especializado crianças excluídas da escola por motivos como trabalho infantil e abuso sexual. As que têm deficiências graves devem ser atendidas no mesmo ambiente de ensino que todas as demais.

1996
LEI E DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL (LBD)
A redação do parágrafo 2o do artigo 59 provocou confusão, dando a entender que, dependendo da deficiência, a criança só podia ser atendida em escola especial. Na verdade, o texto diz que o atendimento especializado pode ocorrer em classes ou em escolas especiais, quando não for possível oferecê-lo na escola comum.

2000
LEIS Nº10.048 E Nº 10.098
A primeira garante atendimento prioritário de pessoas com deficiência nos locais públicos. A segunda estabelece normas sobre acessibilidade física e define como barreira obstáculos nas vias e no interior dos edifícios, nos meios de transporte e tudo o que dificulte a expressão ou o recebimento de mensagens por intermédio dos meios de comunicação, sejam ou não de massa.

2001
DECRETO Nº3.956 (CONVENÇÃO DA GUATEMALA)
Põe fim às interpretações confusas da LDB, deixando clara a impossibilidade de tratamento desigual com base na deficiência. O acesso ao Ensino Fundamental é, portanto, um direito humano e privar pessoas em idade escolar dele, mantendo-as unicamente em escolas ou classes especiais, fere a convenção e a Constituição

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA
Prevê o pleno desenvolvimento dos cidadãos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação; garante o direito à escola para todos; e coloca como princípio para a Educação o "acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um".



Fonte: Nova Escola

Pós-graduação aumenta o salário em até 80%

Pós-graduação aumenta o salário em até 80%


Além de agregar diversas vantagens na vida pessoal e profissional, o diploma de pós-graduação no currículo também garante ao trabalhador o direito a remuneração mais robusta pelo mercado de trabalho. Pesquisas de empresas de recursos humanos comprovam que o salário de profissionais com especialização é maior em relação aos que não têm.

Estudo realizado pela empresa Catho Online, chamada Pesquisa Salarial e de Benefícios, indica que quem faz pós-graduação chega a receber até 70% mais do que outros profissionais. Os números foram divulgados no início de 2013.

O levantamento mostra que, a cada ano de pós-graduação cursado, abrangendo também o MBA (Master Business Administration), acrescenta mais de 40% de aumento na renda mensal. O estudante que ingressar em um curso de especialização com duração de dois anos, por exemplo, pode adicionar ao holerite, após formado, 80% a mais que outros funcionários.

Ter no currículo profissional uma especialização aumenta em muito a chance de ocupação no mercado de trabalho. É cada vez maior o número de empresas que exigem diploma de pós entre os requisitos para qualificar os candidatos ao emprego. Cursos de pós-graduação não auxiliam apenas na melhoria dos salários e na abertura de portas no mercado de trabalho, mas também ajuda na hora de manter o emprego.

Já outro estudo, conduzido pela consultoria Robert Half com executivos brasileiros de alta e média gerência, assinalam que 66% dos profissionais que realizaram cursos de MBA ou de pós-graduação tiveram alta salarial após fazerem suas especializações.

O resultado dos estudos realizados pelas empresas de recursos humanos mobilizam os estudantes, que se baseiam neles para buscar a especialização necessária para garantir o aumento no contracheque do fim do mês.

As promoções também batem à porta de quem busca conhecimento extra. Uma pesquisa realizada pela empresa de recrutamento especializado Robert Half, com 50 executivos de média e alta gerência, mostra que 66% dos profissionais com  um MBA no currículo tiveram aumento  após  o curso.

A história do analista financeiro de uma multinacional com negócios no Estado, Gilson Ramos(foto), reflete bem esse cenário. Formado em Ciências Contábeis, ele trabalhou por cinco anos como gerente de banco e mais três anos em uma indústria alimentícia. Em 2010, antes de entrar na multinacional, decidiu fazer o curso de MBA em gestão empresarial e negócios."Eu estava na controladoria de uma empresa, na área de Contabilidade. Eu senti a necessidade de melhorar meu currículo. Além disso, queria sair um pouco da área contábil". Poucos meses antes de terminar o curso, surgiu a oportunidade na multinacional. "Acredito que ter o MBA ajudou. Tive um incremento no salário de cerca de 50%. Mas os benefícios vão além do financeiro, pois estar na empresa abriu um leque de possibilidades".


Fonte: A Gazeta

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Reconhecimento de diploma de universidade estrangeira pode ficar mais fácil

Reconhecimento de diploma de universidade estrangeira pode ficar mais fácil



A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) aprovou, nesta quinta-feira (26), projeto (PLS 399/2011) que prevê o reconhecimento automático, no Brasil, de diplomas de cursos presenciais de graduação, mestrado ou doutorado expedidos por instituições de educação superior estrangeiras de reconhecida excelência acadêmica. Para tanto, deverá ser divulgada pelo poder público, periodicamente, a lista de cursos a serem abrangidos.
Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), o reconhecimento dos diplomas dos brasileiros que estudaram no exterior compete às universidades. Para o autor do projeto, senador Roberto Requião (PMDB-PR), os procedimentos adotados pelas diferentes instituições de ensino superior têm variado muito.
"São frequentes os relatos de processos excessivamente caros, pouco transparentes, demorados e arbitrários, que resultam, não raro, em prejuízo a estudantes de destaque e na negativa do reconhecimento ou revalidação de estudos realizados em cursos de universidades de excelência acadêmica internacionalmente reconhecida", argumenta Requião, na justificação do projeto.
Segundo Requião, o objetivo da proposta é agilizar e desburocratizar um sistema que penaliza aqueles que fazem cursos de ponta, em instituições de excelência comprovada. O senador citou o exemplo de Portugal, que admite o reconhecimento automático dos diplomas de pós-graduação brasileiros emitidos por cursos com nota 6 ou 7 da Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
O relator na CRE, senador Cristovam Buarque (PDT-DF), defendeu a aprovação do projeto. "A revalidação dos diplomas é uma medida há muito aguardada por grande número de estudantes brasileiros que buscam diversificar sua formação profissional, acadêmica e cultural", observou.
Cristovam aceitou emenda do senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) estabelecendo norma para que os documentos sejam submetidos à análise no âmbito administrativo, bem como prazo para a duração do processo de revalidação, de 90 dias úteis. A matéria vai à Comissão de Educação, Cultura e Esporte, em decisão terminativa.


quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Pós-graduação: como saber se está na hora de galgar esse degrau na carreira?

Pós-graduação: como saber se está na hora de galgar esse degrau na carreira?
Alguns preferem emendar com o término da graduação; outros indicam um pouco mais de experiência profissional. Saiba como identificar o momento certo para começar uma pós-graduação lato sensu e as áreas mais procuradas em Administração



Quatro anos após a conclusão do curso universitário em Administração, Umberto Rosti, que já trabalhava com auditoria e consultoria em Tecnologia da Informação, decidiu partir para um MBA em Gestão de TI. A óbvia motivação para ascender ao nível gerencial da empresa onde trabalhava e a necessidade de adquirir conhecimentos e habilidades na área foram os fatores que mais influenciaram Umberto, que hoje tem o seu próprio negócio.
“A pós foi um elemento essencial para que eu fosse promovido a gerente na época, e com certeza foi o que me incentivou a ser um empreendedor, a identificar uma oportunidade e iniciar uma empresa do zero”, relata o empresário, sócio-fundador da SafeWay Consultoria.

A história de Umberto aponta um caminho que muitos profissionais e recém-formados estão tomando: continuar os estudos através de uma pós-graduação. No entanto, a dúvida comum de boa parte dessas pessoas é saber qual é o melhor momento para fazê-lo.

Esse timing de quando iniciar uma pós-graduação, segundo especialistas, vai depender de inúmeros fatores tão particulares que apenas o próprio profissional será capaz de saber precisamente a hora de iniciar. Mas é preciso ter critérios e ser cauteloso ao escolher o momento certo e, acima de tudo, a melhor área para atuar. A primeira falácia que deve ser evitada é a de que qualquer pós-graduação serve e o que importa é incrementar o currículo.
Atitude certa, motivação equivocada
Apesar de concordar com o fato de que a exigência do mercado é um critério que pesa muito na hora da decisão, o professor João Paulo dos Santos acredita que a principal motivação deve ser a busca por conhecimento. "As pessoas precisam se empenhar e estudar continuamente. A essência da busca de um programa de pós é aumentar conhecimentos para que você possa ter uma condição melhor", diz.

Esse foi o critério utilizado pela assessora de imprensa Clara Marinho. Formada em Jornalismo há três anos, ela iniciou recentemente uma especialização na área em que atua. O motivo: "queria algo mais prático que me ajudasse diretamente no meu atual emprego. O que me foi passado na universidade por muitas vezes se tornava escasso no dia a dia e sentia sempre a necessidade de ter, em teoria, aquilo que eu vinha colocando em prática".

É por isso que os planos para uma especialização ou MBA devem estar alinhados com o planejamento de carreira do profissional. As qualificações aleatórias, feitas sem critério, em vez de monetizar o conhecimento e levar a cargos mais altos, podem criar funcionários insatisfeitos com o atual posicionamento, cheios de teorias acumuladas, porém incapazes de assumir postos estratégicos nas empresas. Em outras palavras, operacionais muito inteligentes, mas apenas operacionais.
Suprindo deficiências...
De acordo com o último censo do Ensino Superior, realizado em 2010 pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC) e pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o Brasil conta com 29.507 cursos de graduação em 2.377 instituições de ensino superior públicas e privadas. Elas atendem a mais de 6,3 milhões de alunos, contando com apenas 345 mil professores.
Somando-se a esse cenário a evidente deficiência estrutural das universidades públicas e o baixo conceito obtido por diversas instituições, não é difícil inferir que nem sempre um curso superior forma um profissional completo. E para suprir eventuais falhas na formação, uma pós-graduação pode ser fundamental.

A consultora de RH Sônia Nakabara também acredita que uma boa escolha justifica o investimento de tempo e dinheiro em uma pós. "Fazer por fazer também não dá. Apesar de ser uma exigência, ela tem que agregar alguma coisa. Tem gente que faz uma pós atrás da outra para ficar atualizada no mercado, mas isso tem que ser feito pelo conhecimento, algo pensado para que você aumente a empregabilidade", sugere.
… e adquirindo competências
"Tenho certeza que hoje nenhum profissional consegue se sentir completo apenas com sua graduação", relata a jornalista Clara Marinho. "Sempre procurei ficar antenada através de artigos, livros, pesquisas na web, mas a falta do debate no meio acadêmico uma hora pesa. Não procurei uma pós apenas pelo título em si. A troca de experiências e o ambiente são bastante válidos, sem contar que vejo a especialização apenas como o segundo batente de uma escada. E pretendo chegar ao final", afirma.

O consultor de TI, Umberto Rosti, mesmo formado em Administração, optou por melhorar suas competências como tecnólogo alinhando-as a sua capacidade de gestor. Agora pretende voltar às origens. "Estou bem inclinado a fazer uma pós na área de negócios para complementar minhas necessidades", disse. "Gostaria de fazer outra fora do Brasil, para o mercado seria um bom diferencial, mas temos aqui alguns bons cursos. Estou buscando tempo para entrar nessa jornada".

Formada em Psicologia, Nakabara pretendia seguir a carreira clínica quando resolveu optar pela área organizacional e fez uma especialização voltada para marketing de serviços. "Acabei focando minha carreira na área de pós-venda, de relacionamento com o cliente. Eu precisava entender mais essa parte do marketing da empresa, e aí fui buscar essa especialização", relata.

O leque de possibilidades de pós-graduação atualmente é enorme. Administração, inclusive, é um curso privilegiado nesse aspecto. Por conta de sua multidisciplinaridade, possui dezenas de especializações e MBAs que podem ajudar profissionais de diferentes áreas do conhecimento. Basta apenas analisar as oportunidades disponíveis, escolher a do seu interesse e... bons estudos.
Pós-graduação, especialização ou MBA?
Tanto a especialização quanto o Master of Business Administration (MBA – mestre em Administração de Empresas), no Brasil, correspondem ao nível de pós-graduação lato sensu.
Ao optar por um curso lato sensu, é importante verificar se a instituição cumpre a carga horária mínima exigida pelo MEC, que é de 360 horas. Ao final do curso, o aluno recebe um certificado, e não um diploma. O Ministério disponibiliza uma ferramenta on-line com a relação de todas as instituições credenciadas (emec.mec.gov.br). Já o nível stricto sensu refere-se aos cursos de mestrado profissional, mestrado acadêmico e doutorado.


Quando o fim é o começo

Quando o fim é o começo
Cursos de MBA dão certificado de conclusão a alunos com ideias inovadoras para os negócios.



Fazer um MBA pode trazer resultados muito práticos, e não só para a carreira. O trabalho de conclusão pode alterar o gramado de um estádio  tradicional, inaugurar uma linha de exportação, eliminar os escritórios da empresa ou até criar uma nova escola de negócios.
Tome-se a história de Raphael Biazzetto, de 34 anos, diretor de formação de atletas e negócios do Atlético Paranaense. Concluiu em junho seu MBA em gestão e  marketing de entidades esportivas pela Anhembi Morumbi, e seu projeto era colocar grama sintética na Arena da Baixada, em Curitiba. Com a reforma para a Copa  do Mundo, o estádio ficaria ainda mais atraente para eventos. “É mais resistente e de manutenção mais barata”, afirma Raphael. Durante o curso, ele visitou  as instalações do Real Madrid e constatou que a maior parte dos campos de treinamento é de grama sintética. “E dá menos lesão, já que é lisa, sem buracos”,  diz. A ideia ainda não foi implantada pelo clube, mas foi apresentada à diretoria e teve “boa aceitação”, segundo a assessoria. Dois colegas de Raphael no  MBA hoje trabalham no Atlético, o que mostra também a força do networking.
Formada em Letras, a gerente de negócios internacionais da Golden Distribuidora, Aderlene Lopes, de 47 anos, trabalhava na área há 20 sem formação  específica. Sua empresa já produzia bobinas e mídias (como CDs) com marca própria, e ela achava que era a hora de achar um mercado novo, como a Europa. Mas  debates com os colegas e professores na escola de negócios da FGV a convenceram de que, pela proximidade e pela situação da economia, a Argentina era mais  promissora. As bobinas já estão nas prateleiras do país vizinho e ela aguarda agora os resultados das vendas. “Quem resolve estudar está empreendendo e vai  crescer”, garante. “Minha meta agora é fazer todo ano um ou dois cursos de Comércio Exterior, para me reciclar.”
O projeto de MBA de Heitor Mello Peixoto, de 45 anos, foi uma escola de MBAs. Ele estudou na Escola de Lausanne, na Suíça, e apresentou em 1994 o “Business  School São Paulo Project”. Hoje a BSP tem quatro endereços na cidade. “Na época, quase ninguém no Brasil tinha ouvido falar de MBA, e passávamos pelos  efeitos da abertura econômica promovida por Collor”, lembra Heitor. Ele alistou como sócios dois colegas mais novos, que cursavam a graduação. Quando voltou  à Europa, para a apresentação do trabalho em banca, já tinha iniciado o projeto, com dinheiro captado com parentes.
Quando foi estudar na Dom Cabral, o diretor de vendas da Goodyear Luis Garcia, de 39 anos, tinha a ideia de aproximar os vendedores dos clientes. A  empresa tinha sete escritórios regionais. O projeto do MBA foi fechar todos e substituí-los por dez escritórios virtuais. “Agora o gerente fica mais tempo em  campo, com revendedores, e pode conhecer melhor os clientes”, explica. “A cultura da empresa também se fortaleceu”, afirma Luis, “porque, se antes o gerente  vinha ao escritório central uma vez a cada três meses, agora vem todo mês. O importante para um projeto é as pessoas se engajarem, tem de ter significado para elas.”
Cedê Silva - Especial para o Estadão.edu


Mudança de rumo

Mudança de rumo
Fazer um curso de especialização desperta interesses profissionais novos



A diretora de treinamento e desenvolvimento da consultoria Sher Marketing, Patrícia Itocazo Rocha, de 42 anos, vive hoje cercada de executivos de empresas multinacionais. Sua rotina, no entanto, já foi diferente. Formada em Odontologia na Unesp, ela tinha uma clínica e, com o objetivo de se aprimorar como empresária, cursou pós-graduação em Gestão de Marketing de Serviços na Faap.
O curso lhe abriu um novo mundo. Patrícia começou a se interessar pelo assunto, a escrever artigos e, quando viu, já estava dando palestras e cursos sobre a oferta e a qualidade dos serviços na área de saúde.
Aos poucos a clínica ficou em segundo plano. “Na época, não sabia que estava em transição de carreira”, diz Patrícia. “Me achava confusa, sem identidade profissional, mas acho que acertei ao ter me dado a oportunidade de conhecer uma nova área experimentando.”
Histórias de pessoas que trocam de carreira como a da dentista e agora especialista em Marketing têm se tornado cada vez mais comum. É o que afirma Natasha Patel, gerente da empresa de recrutamento Hays. “Com a crise econômica, os profissionais têm a chance de repensar a carreira”, diz. “Além disso, temos no Brasil uma série de oportunidades, enquanto na Europa as pessoas têm medo de perder o emprego.”
Segundo Natasha, cursos de especialização são essenciais para a migração de carreira, mas não garantem, por si só, o sucesso da mudança. “Aproveitar para criar uma rede de relacionamentos com pessoas da área pode ser ainda mais importante. Você precisará que apostem em você, uma vez que não terá experiência na nova área.”
A administradora Catia di Stasi, de 52 anos, buscava fazer contatos quando matriculou-se na pós em Consultoria de Carreira da FIA. Depois de ter atuado nas áreas de finanças e marketing de grandes empresas, ela sentia que poderia ser muito mais útil orientando pessoas. Hoje Catia trabalha na empresa de RH Axialent. “Não tive uma carreira linear por ter cometido alguns erros. Queria evitar que as pessoas tivessem crises como a que vivi naquela época e queria ajudá-las a terem carreiras mais satisfatórias.”
Planejamento
O engenheiro químico Vinícius Ceccarelli, de 38 anos, é hoje gerente de projetos da Promon Engenharia. Formado em 1998 pela Escola de Engenharia Mauá, Ceccarelli buscou dar um novo rumo para a carreira logo após a graduação. Na época, ele trabalhava na área de produção de uma indústria química. "Não tenho aptidão alguma para a área técnica e eu já sabia disso naquele momento", diz.
Ceccarelli fez uma especialização em Administração na FGV e, antes mesmo do final do curso, já havia conseguido um novo emprego. Após um ano na Promon como líder da área de operações, o engenheiro ganhou uma bolsa para cursar mestrado em Gerenciamento Internacional na Universidade de Straphclyde, na Escócia.
Ao retornar ao Brasil, ele recebeu uma nova proposta, desta vez para trabalhar como gerente de projetos. "Tenho absoluta certeza de que a primeira pós que fiz foi determinante na minha carreira", diz. Apesar da mudança, Ceccarelli afirma que nunca se arrependeu por encaminhar a carreira para uma área diferente daquela para a qual se preparou por anos na graduação. "De alguma forma, essa já era a carreira que vizualizava para mim quando saí da faculdade."
Cristiane Nascimento, Especial para o Estadão.edu