Há menos de 15 anos, se você quisesse ver um filme no computador, só
mesmo com um CD ou DVD. Hoje, assistir a vídeos e ouvir músicas pela internet,
sem sequer precisar baixá-los para o PC ou celular, já é uma atividade
corriqueira.
Essa é uma das maravilhas da computação em nuvem, essa transformação
tecnológica que chegou para ficar.
Nesse modelo, arquivos, programas e até recursos de hardware (como
processamento e memória) que ficam localizados em servidores espalhados pelo
mundo podem ser acessados diretamente por seu computador, tablet ou celular. É
assim que funciona seu webmail ou seu software de internet banking, por
exemplo.
E a computação em nuvem não afetou apenas nossa vida pessoal. Empresas
também se beneficiam, e muito, dessa modalidade de investimento em tecnologia.
Em vez de ter de desembolsar altas somas para criar e manter um parque de
servidores próprios, elas podem contratar os recursos de que precisam de
maneira flexível e escalável, aumentando os gastos de maneira gradativa quando
o negócio cresce.
Isso explica por que a computação em nuvem não para de crescer. No ano
passado, os investimentos na tecnologia aumentaram mais de 67%, de acordo com
dados da North Bridge Venture Partners e da GigaOM Research.
E ainda tem muito mais por vir. Confira algumas previsões para este
mercado no próximo ano:
1 – Crescimento no Brasil
Apesar de ainda ser pequeno quando comparado a países mais maduros, o
mercado brasileiro abraça, cada vez mais, o cloud computing. O
crescimento previsto para os próximos três anos por aqui, de acordo com o IDC,
é de 74% − o que significa algo em torno de 798 milhões de dólares investidos
por empresas brasileiras na tecnologia até o fim de 2015.
2 – Nuvens pessoais
Cada vez mais, o cidadão comum está adotando armazenamento e serviços
hospedados na nuvem para seus arquivos pessoais e de trabalho (fotos, músicas,
agendas, e-mails etc.). Isso não só ajuda a aumentar e a baratear as ofertas,
como também a diminuir o medo e a resistência à tecnologia, inclusive por parte
das empresas.
3 – Nuvens híbridas
Outra mudança em curso é a maior integração entre nuvens privadas
(exclusivas de uma única empresa) e públicas (contratadas de terceiros). Se
hoje as pesquisas de North Bridge Venture Partners e GigaOM Research apontam
que a nuvem pública é mais usada − com 39% de adoção, ante 34% da nuvem privada
e apenas 27% do modelo híbrido –, a previsão, para 2018, é de que a adoção da
nuvem híbrida será de 43% (seguida pela nuvem pública, com 32%, e a privada,
com 25%).
Isso tende a acontecer porque haverá maior necessidade de
interconectividade entre as diferentes nuvens.
4 – Pontos de acesso
Outra tendência que já está em curso e deve se intensificar ainda mais é
o uso expressivo de equipamentos móveis para acessar a rede, especialmente
aplicativos com som, vídeo e tecnologias de localização, de modo que os acessos
passam a ser mais instantâneos (é necessário ter um sistema de resposta muito
competente) e em número muito maior.
5 – Internet de “todas“ as coisas
As nuvens não são acessadas apenas por pessoas e empresas. Cada vez
mais, equipamentos e eletrodomésticos, como geladeiras, carros e TVs, passam a
fazer parte dessa rede, alimentado-a com dados e buscando informações para
fornecê-las a seus “donos” com rapidez, segurança e comodidade. Segundo
previsão do Gartner, o número de dispositivos conectados à internet deve chegar
a 30 bilhões em 2010 (ou seja, teremos muito mais “coisas” que pessoas
conectadas).
E sua empresa, está
por dentro dessas tendências e pronta para experimentar esse novo jeito de
investir em tecnologia e fazer negócios? Atualize-se!