A morte
dos empregos “para toda a vida”
Os empregos que estão sendo extintos hoje não voltarão jamais. Esse é
um fato que caracteriza, de forma marcante, a era da informação” –Emanuel Leite.
A era da informação está provocando mudanças em vários
campos de nossa vida pessoal e, não seria diferente com a relação que
estabelecemos com nossa vida profissional. A lógica de que ao começar a
trabalhar em uma empresa construiríamos nossa carreira apenas nela, e assim nos
aposentaríamos muito felizes, praticamente não existe mais, especialmente para
os jovens da Geração Y.
Um fato que agrava esta percepção da morte dos empregos para toda a vida
é que hoje vemos muitas pessoas vivendo odesemprego qualificado,
isto é, pessoas com formação de nível superior que não conseguem emprego no seu
campo de formação ou especialização.
Se a era
industrial baseou-se no trabalho em massa, a era da informação baseia-se na
revolução do conhecimento. Diante de tal situação, posso identificar dois
perfis de indivíduos e suas formas de se relacionar com o futuro: aqueles
acreditam ter conforto em um concurso(como se sua
existência dependesse disso) e aqueles que assumem o desafio de encontrar oprazer ao fazer sua própria carreira.
Sobre o primeiro perfil, é bom fazer algumas
considerações. Não sou contra aqueles que fazem concurso, mas sou contra a
postura muito prática de muitos em apenas buscar o conforto e a “estabilidade”
nesta opção. Este tipo de mentalidade estimula o indivíduo a estar mais
preocupado com o quanto vai ganhar no final do mês – elemento que pode ser
ótimo em curto prazo, mas é péssimo em médio e longo prazos. Indivíduos assim
ficam tristes 5 dias na semana (por, muitas vezes, realizar algo enfadonho e
chato) e felizes nos outros 2 dias (para aproveitar o fim de semana). E
reclamam… reclamam… reclamam… Se você realmente tem vontade de fazer concurso e
acredita que pode achar prazer na atividade, siga em frente sem medo. Agora, ao
desejar ser “concurseiro” e estar sempre em busca daquele concurso que melhor
pagará, estarás prestando um desserviço a sociedade e poderá desrespeitar a ti
mesmo.
Empresas com
uma mentalidade “quadrada”, horários inflexíveis, regras arbitrárias, com
chefia sem diálogo, ou exigência exagerada de experiência fazem inúmeros
profissionais quererem uma alternativa para encontrar a realização
profissional. O modelo tradicional de emprego, com algumas características
acima descritas, já não atrai mais. Estou falando de uma era onde cria-se
empregos e empresas de base tecnológica, muito devido ao impulso empreendedor, e ai
temos o segundo perfil, que é o que mais se aproxima da proposta do título
deste texto. Este empreendedor não deve estar preso apenas em metas, pois
quando elas não são alcançadas, há frustração. O empreendedor deve, antes de
mais nada, entender como chegar ao sucesso sem copiar os modelos que a educação
e a sociedade impõem. Se vai fazer lógica ou não… Se vai dar dinheiro ou não…
se vai agradar ou não… são questionamentos que surgem quando almejamos realizar
algo e quando alguém se depara com uma escolha “não convencional”. É fácil sucumbir as
escolhas convencionais, mas será que é certo e que te fará bem?
Bem, não fiz e nem faço escolhas convencionais. E você?
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