segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Coach: muito além de um treinador

Coach: muito além de um treinador




Ainda existe muita confusão entre Coaching e treinamento. Neste artigo desmistificamos estes conceitos para mostrar o coaching como uma metodologia de aprendizagem e resultados poderosos.

É difícil determinar com exatidão a origem do Coaching. Se fizermos uma pesquisa nos poucos livros que tratam do coaching, constatamos inexistir um consenso entre os autores sobre onde, quando e como surgiu o coaching como metodologia de desenvolvimento de pessoas e grupos. 
Consequentemente, dúvidas e confusões a respeito do real alcance e da utilidade do processo são frequentes. Isto não quer dizer que tenha surgido do nada, ou de um dia para outro. Na verdade, algumas das técnicas já existiam há muitos anos. Por exemplo, o método de Sócrates de ensinar, o qual consistia em fazer perguntas com a finalidade de promover em seus discípulos a  reflexão e ajudá-los a encontrar respostas para seus casos e problemas, em vez de simplesmente dar-lhes a solução. 
É inegável, portanto, que como metodologia, o coaching foi se desenvolvendo ao longo do tempo, recebendo a influência de diversas áreas do conhecimento humano, dentre as quais podemos destacar a PNL - Programação Neurolinguística, a teoria da Inteligência Emocional de Daniel Goleman, a Psicologia Comportamental, Cognitiva, a Terapia Gestalt, a Psicologia Positiva, etc..
O lançamento do livro “The Inner Game of Tennis” (O Jogo Interior do Tênis), de Timothy Gallwey, técnico de Tênis e educador de Harvard, em 1974, entretanto, é considerado por muitos o marco fundamental para o início do coaching como conhecemos hoje.
Timothy afirma que em uma partida o jogador disputa dois jogos: o jogo exterior, contra um adversário, um oponente visível. O outro, interior, que se desenrola dentro de sua mente, ou seja, os obstáculos internos como o medo, a falta de confiança ou de concentração, o nervosismo, a frustração, a desconfiança, as crenças, etc.. 
Estas interferências atrapalham o desempenho e impedem uma pessoa de expressar todo o seu potencial e não alcançarem os resultados esperados. Nas palavras de Gallwey, “o oponente dentro da cabeça de alguém é mais extraordinário do que aquele do outro lado da rede”. O papel do coach, portanto, é ajudar uma pessoa a remover ou reduzir os obstáculos internos criados por ela mesmo e assim liberar todo seu potencial.
Para eliminar estas interferências, é preciso, em primeiro lugar, acalmar a mente, abrindo mão de todos os julgamentos. As pessoas olham para si mesmo se julgando (criticando), e isso faz com que elas prejudiquem seu potencial. Isso não significa ignorar o que está errado, mas observar e descobrir como fazer do melhor jeito.
Depois, ter clareza de metas, ter em mente a imagem do resultado almejado. E, a partir daí, definir um plano de ação para alcançar o estado desejado. O coach e o coachee não julgam os resultados, acreditam e deixam acontecer o aprendizado, por tentativa e acerto, até fluir naturalmente. Por fim, o papel do coach é inspirar a autoconfiança nas pessoas, incutindo nelas a crença de que elas tem mais potencial que acreditam ter.
Gallwey, como ensina John Withmore, “tinha tocado na essência do coaching: liberar o potencial  de uma pessoa para maximizar sua performance, ajudá-la a aprender em vez de ensiná-la.”
O aprendizado do coaching, resultado natural, é mais eficaz porque sempre está vinculada a uma ação. No coaching, aprender não é somente adquirir informação, é expandir nossa capacidade de ação efetiva para alcançar os resultados e resultados extraordinários.

Hamilton Teruaki

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