sábado, 30 de novembro de 2013

Conflitos na equipe

Conflitos na equipe
Papéis e regras claras evitam desavenças



Conflitos desgastam os envolvidos e afetam a equipe, o ambiente de trabalho e os resultados dos negócios. Portanto, também nestes casos, prevenir é sempre melhor do que remediar. "Os conflitos dentro do time podem ter várias origens: disputa de poder, discordância sobre a visão de negócios e ciúme da atenção do líder aos outros colegas, por exemplo. Também pode haver divergências normais, resultantes da convivência diária, como as que ocorrem entre os times de marketing e vendas ou entre os operacionais e os administrativos", afirma Jorge Pereira da Costa, sócio da consultoria Roland Berger.

Por isso, segundo o consultor, o bom líder deve conhecer bem o momento da empresa, os membros de sua equipe e até mesmo a si próprio para poder antecipar e impedir conflitos. "Primeiramente, ele deve definir claramente as funções, responsabilidades e o que se espera de cada um", acrescenta.

Quando a desavença se torna aguda, seja qual for o motivo, o gestor deve tratá-la com inteligência emocional e considerar a melhor abordagem para resolver o problema. "Em alguns casos, todos podem sentar ao redor da mesa e chegar a um consenso. Em outros, funciona uma conversa individual ou ainda uma costura indireta entre as partes. Ainda em outras circunstâncias, basta falar com um dos envolvidos."

Ele ressalva, entretanto, que há princípios básicos: é preciso que exista clareza de regras e justiça, independentemente da simpatia pessoal. "Se o líder não fizer isso, cria mais confusão, guerra de poder e desmotivação", alerta.

Costa observa que, dependendo da gravidade do conflito, é preciso excluir o membro da equipe "que não joga conforme a regra". Em sua opinião, por mais competentes que as pessoas possam ser do ponto de vista funcional, elas precisam seguir os valores e a cultura de um time. Por essa razão, é mais importante o líder saber construir equipes que partilhem destes valores do que ter um time de estrelas.

De acordo com o especialista, o gestor deve conhecer profundamente os seus colaboradores, a ponto de não precisar de ajuda externa para resolver desavenças. "O líder deve ser o catalisador. Se ele não for, também é parte do problema", afirma. Costa ressalva que a solução do conflito deve envolver outras pessoas apenas quando os membros do time são escolhidos por colegiado como, por exemplo, por um grupo de executivos ou acionistas.

E no momento que o problema for resolvido, só é preciso comunicar oficialmente a equipe se durante o processo, ele tiver causado grandes rupturas. "O mais importante é que o time perceba que, na prática, que o conflito foi sanado", conclui.

Nancy Campos


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