Lider
Coach – Mudanças comportamentais para resultados grandiosos
Nosso artigo de hoje insiste em
ser um tanto mais racional. Então, nada melhor do que começar com uma fórmula
básica e essencial para entender a matemática da obtenção de resultados.
Entenda
que Resultado = Habilidades + COMPORTAMENTOS.
Se seus resultados não estão de
acordo com o que você deseja, um ou mais elementos dessa fórmula devem ser
revistos. Vamos entender como essa lógica funciona.
Imagine que você está pleiteando
o cargo de diretor de marketing na empresa em que trabalha. Você conhece tudo
sobre a gestão da empresa e é expert nos processos do departamento
(habilidades). Até aí tudo bem. Só que você percebe que uma das habilidades
mais exigidas para este cargo é saber se comunicar e você não se dá muito bem
em falar um público (comportamento). Então, você se matricula em alguns cursos,
treina novas técnicas de oratória e dentro de alguns meses já apresenta boa
desenvoltura comunicativa (nova habilidade). Você passa a apresentar essa nova
habilidade diariamente nas relações em sua empresa e essa prática diária (novo
comportamento) faz com que você se torne cada dia mais hábil na arte da
comunicação e acaba por desenvolver ainda mais sua liderança. O diretor geral
da empresa percebe esse desenvolvimento e, finalmente, depois de um ano, você
alcança a diretoria de marketing tão desejada (resultado). As habilidades
seriam como as ferramentas de um mecânico e o “saber como” usá-las. Já os
comportamentos, o “saber quando” e efetivamente “usar” cada uma delas para
consertar o carro.
É importante perceber que novos
resultados são alcançados somente quando apresentamos novas habilidades e,
principalmente, quando desenvolvemos novos comportamentos. Se fizermos sempre
as mesmas coisas, continuaremos obtendo os mesmos resultados. A mudança bate à
porta. E é preciso entender como funciona esse processo para alcançarmos
resultados cada vez mais efetivos.
Mudar
para quê?
Você já deve ter ouvido por aí
que mudança é um processo necessário a todos. A natureza muda o tempo todo,
plantas e animais se adaptam ao ambiente. Nós mesmos crescemos e nos
desenvolvemos como as demais formas e, por mais que esse processo nos pareça
difícil, mudamos. Mudamos de cidade, de casa, de trabalho, de relacionamentos,
aprendemos novas coisas o tempo todo. Mudamos! E por que fazemos isso se mudar
é tão difícil e requer tanto esforço na maioria das vezes? Não seria mais
cômodo tudo permanecer do jeito que está? Pense sobre isso. O que você pensa
sobre a mudança e como você encara esse processo em sua vida? Anote no papel.
Declare isso para você!
> Um dos processos mais
importantes e que mais nos possibilita oportunidades de desenvolvimento é
compreender como você percebe as coisas e conceitos a sua volta. Dê uma atenção
especial a isso.
Nosso
objeto e aprendizado de hoje é sobre aquela das mais difíceis mudanças, mas
que, sem sombra de dúvidas, nos traz as maiores e melhores realizações: as mudanças comportamentais. As mudanças comportamentais
se aplicam a tudo aquilo que você quer desenvolver em sua vida e seria mais
cômodo, sim, mas não adianta esperar acontecer. A única forma de melhorarmos
nossos resultados é alterando nossa forma de agir.
Depois de entender como essas
mudanças influenciam nossos resultados, vamos mergulhar em nosso cérebro e
entender como funciona esse processo.
Condicione-se
aos resultados!
Nosso cérebro é uma caixinha de
surpresas, complexo, cheio de emaranhados, mas você sabia que sua lógica de
funcionamento é mais fácil de entender do que imaginávamos? Que tal pegar as
rédeas e se direcionar agora mesmo para o melhor que pode ser?
Se pararmos para analisar,
veremos que o funcionamento do cérebro pode ser analisado sob uma ótica bem
racional, como os computadores. Quando você dá um comando para o computador,
ele fará esta ação específica. Os comandos que você der ficam registrados no
banco de dados e serão utilizados posteriormente. Em nossa caixa de
processamento humano esse processo é muito mais complexo, mas funciona sobre a
mesma lógica. Damos comandos ao nosso cérebro o tempo todo e ele responde a
cada um desses comandos com ações específicas e, da mesma forma, tais ações
ficam registradas em nosso banco de dados; o que pensamos, falamos e fazemos de
alguma maneira é registrado em nossa memória e esses dados serão utilizados
posteriormente, influenciando as próximas ações do cérebro. Por exemplo, se
você tem uma experiência traumática em sua primeira apresentação em público,
seu cérebro automaticamente rejeitará a possibilidade de você se sair bem na
próxima e falar em público, por um bom tempo, será sinônimo de medo e
frustração.
A lógica do cérebro é ainda mais
surpreendente e compreender isso é essencial para que você possa rever os
comandos que tem dado a si mesmo(a) diariamente.
Desde crianças somos bombardeados
por uma avalanche de informações vindas de todos os lados e, quanto mais crescemos,
mais informações recebemos. São jornais, filmes, livros, TV, internet e nossas
redes de relacionamento pessoal e profissional que nos oferecem tanta
informação que fica quase impossível processar tudo isso. Mas o cérebro, com
sua lógica especial, consegue filtrar tudo e utilizar somente o que é mais
importante e elimina toda e qualquer informação que não é utilizada para abrir
espaço para novos dados. Essa análise do que é mais importante é definida
baseada no bando de dados que temos em nosso cérebro e nossa caixa de neurônios
dá prioridades para as ações/informações que fazemos repetidas vezes. O que
pensamos, falamos e fazemos com mais frequência, são priorizados por nosso
cérebro e acabam por basear todas as nossas ações e comportamentos. Ok. Então
tudo aquilo que é mais repetido por mim se torna mais importante para meu
cérebro? O segredo está em entender essa lógica! E esses comandos podem ser
tanto positivos quanto negativos.
E a fórmula é: Quanto mais damos
um determinado comando, mais importante ele será para o cérebro, influenciando
diretamente quem somos e os resultados que obteremos. Quanto mais comandos
positivos, mais importante eles se tornarão e embasarão nossas ações.
O modelo
transteorético de James Prochaska
O
psicólogo James Prochaska desenvolveu um modelo transteorético que
possibilita entender o processo de mudança:
·
Pré-contemplação: O indivíduo acredita
que a mudança não é necessária. Para entender, ele precisa de um estímulo
externo, um feedback, por exemplo.
·
Contemplação: Ele já sabe o que precisa
fazer, mas ainda não sabe que meios utilizará para isso.. Nesta fase, começa a
busca por modelos para se espelhar.
·
Preparação: O indivíduo quer mudar
agora e já tem um plano de ações na mão. Ter pessoas para auxiliá-lo a colocar
esse plano em prática é de grande valia.
·
Ação: A mudança já está
acontecendo e o indivíduo segue o plano de ações se adaptando quando
necessário.
·
Manutenção: Nesta fase, o indivíduo se
vê diante de uma recaída e se vê desestimulado diante do processo de mudança.
Buscar meios (técnicas, encorajamentos…) de superar essa fase é essencial.
·
Término: Superando a recaída, o
indivíduo consolida a mudança e torna-se cada vez mais efetivo.
Nós condicionamos o nosso cérebro
o tempo todo, mesmo quando não percebemos – o que acontece na maioria das
vezes. Quando pensamos, por exemplo, “não vou pedir aquela promoção na empresa
porque sei que não vou conseguir” ou “esses relatórios sempre acabam com o meu
dia”, estamos dando comandos ao nosso cérebro para que tais coisas aconteçam.
Aí não conseguimos porque acreditamos que não somos capazes e temos um péssimo
dia de trabalho por condicionar nosso cérebro a isso. Muitas vezes não nos
damos conta de que os resultados que alcançamos estão ligados ao comportamento
que apresentamos e que esses comportamentos estão ligados aos comandos que
damos ao nosso cérebro. No fim, ficamos sem entender porque nossos esforços não
produzem o resultado esperado. Que tal rever esses comandos?
Efetive
as mudanças agora mesmo
Muitas vezes apresentamos comportamentos
que nos prejudicam sem nos darmos conta disso. Olhe ao seu redor. Quantos
colegas de trabalho apresentam comportamentos improdutivos sem perceber o
quanto está se prejudicando? Nós também apresentamos comportamentos como estes.
E como mudá-los?
Perceba
os comportamentos improdutivos: Se você não enxerga esses comportamentos em
você, converse com alguém de sua confiança e esteja preparado(a) para ouvir sem
ficar na defensiva. (Leia texto feedback I e II)
Dê
comandos positivos ao seu cérebro: Instruções positivas nos deixam mais
predispostos a adotar um comportamento produtivo.
Observe os comandos negativos que você costuma dar ao seu cérebro e modifique-os.
Observe os comandos negativos que você costuma dar ao seu cérebro e modifique-os.
Faça
uma lista agora mesmo: substitua os comandos negativos por comandos positivos. Por
exemplo, ao invés de dizer “não tenho capacidade para pleitear esse cargo”,
diga “desenvolverei as habilidades e comportamentos necessários e chegarei
lá”. Leia a lista até memorizar: quanto mais você repetir novas instruções
ao seu cérebro, mas condicionado a isso ele estará.
Pratique
os novos comportamentos: Novos comandos levam a novos comportamentos. É preciso praticá-los
repetidas vezes. Só assim você tornará esses comportamentos efetivos.
Entenda
que toda mudança envolve desafio, requer esforço e dedicação, mas antes de
começar a mudar, entenda porque está mudando. Quais os resultados este processo
lhe proporcionará, o que você ganhará e o quanto esses resultados são
importantes para você. E não esqueça: sempre assuma a responsabilidade sobre os
resultados que você quer obter. Você poder ir muito além!
JOSÉ DE ASSIS
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