O valor
da marca pessoal
“Há uns dois anos, descobri que não era mais uma
pessoa, mas uma marca”. Martha Stewart
Ouvimos
muito falar que as marcas são como pessoas, de que é possível personificá-las,
estudar seu comportamento, personalidade, tom de voz, entender seu propósito e
até nos surpreender com suas reações inesperadas.
Mas será
que, da mesma forma que marcas são como pessoas, podemos também dizer o
contrário: Somos marcas?
Isso pode
soar estranho para alguns, mas não apenas somos marcas como também deixamos um
pouco dela em tudo o que fazemos. Se não, existe aí um problema.
Hoje, a
internet é uma grande vitrine no ciberespaço, onde empresas e pessoas interagem
expondo suas marcas e competindo por igual a atenção do público, principalmente
nas redes sociais.
Martha
Gabriel apresenta a realidade em que vivemos:
“Com
a disseminação do uso de plataformas de redes sociais online, cada vez mais as
pessoas compartilham suas informações pessoais e profissionais nesses
ambientes. As empresas, por sua vez, têm adotado como prática cada vez mais
frequente consultar os perfis dos candidatos como parte do processo seletivo de
contratação — a entrevista de emprego começa nas mídias sociais. Monitorar
colaboradores também tem se tornado tão comum por parte das empresas quanto
monitorar o mercado e seu público-alvo.”
Marshall
Mcluhan, pensador canadense e teórico da comunicação, estava à frente de seu
tempo e já afirmava que “Nosso tempo é um mundo novo em folha do
tudo ao mesmo tempo agora. O tempo cessou, o espaço desapareceu. Vivemos agora
em uma aldeia global”.
E, nesta
aldeia global a espontaneidade ao publicar fotos, vídeos e outras informações
na internet faz com que, ao longo do tempo, um histórico de sua vida seja
registrado, mostrando por onde você esteve e com quem, quais são seus amigos e
familiares, o que você comeu hoje, ontem e do que está com vontade, qual o seu
temperamento durante os dias e outras infinidades de coisas. Tudo depende do
seu comportamento e posicionamento nas redes.
Assim
sendo, não apenas precisamos nos atentar ao que publicamos como também podemos
utilizar esta ferramenta estrategicamente para a nossa marca pessoal.
Uma marca
pode descrever-se da maneira que quer ser vista, porém, este é apenas um
detalhe na percepção que o público terá, pois sua imagem é percebida por meio
de suas atitudes, por sua conduta. Tudo aquilo que você fala, curte, publica,
compartilha, além dos locais onde sua marca pode ser encontrada, refletem nesta
percepção e ainda podem contrariar a imagem que você planejava passar.
Agora,
indo além do ambiente digital, é interessante fazermos esta reflexão acerca de
nós como marcas, a marca pessoal, e se temos deixado “rastros” desta marca em
tudo o que fazemos, mostrando nosso diferencial e exclusividade ou se estamos
fazendo nosso trabalho como qualquer outro profissional, falando com as pessoas
sem mostrar conteúdo e valores próprios, sem ter uma história pra contar e
objetivos a alcançar.
Assim
como existem marcas corporativas que vivem à sombra de grandes referências em
busca de conseguir o mesmo sucesso, muitas pessoas também deixam de construir
seu próprio universo de marca, seja por falta de encorajamento, seja por nunca
terem pensado em si como marcas.
Acredito
que toda marca pessoal é exclusiva e carrega um potencial para construir uma
história única. Para isso, assim como todas as marcas, é preciso ter definido
sua missão, visão, valores e propósito, expressando sua essência em tudo o que
fizer.
“Não tentes ser bem sucedido, tenta antes ser um
homem de valor.” Albert Einstein
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